terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A fé é a força inversa do medo

A "Balsa da Medusa" é uma pintura intrigante. Inspirado nas narrativas dos sobreviventes de um naufrágio ocorrido com um navio do governo francês que transportava colonos para o Senegal, em 1816, o pintor francês Théodore Géricault (1791-1824), pintou, em 18 meses de trabalho ininterrupto, o que veio a ser a sua obra prima.  A tragédia, ocorrida em 2 de julho, deveu-se à superlotação e à imperícia do Comandante Hugues Chaumareys, um protegido de Luís XVIII, rei da França. As 147 pessoas que não conseguiram lugar nos botes salva-vidas amontoaram-se em uma pequena jangada construída precariamente com tábuas, cordas e partes do mastro no qual ainda tremulavam pedaços da vela. Chamaram-na "Balsa da Medusa". 
O que me impressiona nessa obra prima é a beleza com que o pintor conseguiu retratar as atitudes de cada homem sobre a jangada. Há os que já desistiram, há os que lutam para não desacreditar, há os que olham para trás. Há também quem acene para o horizonte na esperança desvairada de enxergar salvação.
Não seríamos nós assim? Talvez tenhamos um pouco de cada um desses homens. O milagre acontece quando a coragem de viver vence o medo de viver. Uma frase escrita numa tabuletinha de madeira de demolição, que fica sobre a minha mesa de trabalho, lembra-me todos os dias que "a fé é a força inversa do medo"



Que a ESPERANÇA com letras maiúsculas e com raízes em solo divino habite nossos corações e dirija sempre nosso olhar para além da nossa dor, seja ela qual for.

Desejo a todos e todas essa ESPERANÇA e muita PAZ.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Inteligência Espiritual

Sugestão para uma boa leitura: Espiritualidade e finitude - aspectos psicológicos, organização de Dulcinéa da Mata Ribeiro Monteiro, publicado pela Editora Paulus, em 2006.

O texto abaixo é um dos assinados pela Dulcinéa e leva o título: Encontrando Deus: viver in transitus.

"Após viagens feitas à Africa e Novo México, Jung (1975) declara que se convenceu de que idéias de imortalidade são inatas nos povos, e elas foram sendo agrupadas em diferentes religiões. O homem de Neandertal já percebe que pertence a uma realidade maior que o ultrapassa; enterrava os seus mortos com utensílios e comida para ajudá-los na viagem ou na transição da alma. Alguns até eram colocados em posição fetal e pintados com hematita, indicando assim uma possível crença no resnascimento. Eliade (1978), Garaudy (1981) explicitam a presença da dimensão espiritual em monumentos, como as tendas de pedras para proteger os mortos, em incrições mágicas encontradas, desde os primórdios da civilização.

Estudos científicos atuais concluem que, além da inteligência emocional - Q.E., há a inteligência espiritual - Q.S., Zohar e Marshal (2002) assim a definem: "é a inteligência espiritual com que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor, a inteligência com a qual podemos pôr nossos atos e nossa vida em um contexto mais amplo, mais rico, mais gerador de sentido... É a nossa inteligência final".

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Palavra transborda das palavras

Procurado de todas as maneiras e meios pelos seres humanos, Deus tem sido, desde sempre, um enigma que há quem queira decifrar. Homens e mulheres, não importa a idade ou a formação, em algum momento irão manifestar a inquietude que Castro Alves colocou no poema Vozes d’África: “Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes. Embuçado nos céus?”


Se o que habita a nossa alma é a idéia de um Deus severo, um juiz punitivo, o sofrimento trará consigo um sentimento de abandono ainda maior. Quando não temos certeza que pecado poderia ser o causador da desgraça, surge a dor como a de uma criança que recebe um castigo sem entender a razão. Então, podemos clamar com Jó: “Dize-me de que me acusas!” (Jó 10.2).

No Antigo Testamento é comum a ideia de um Deus punitivo e controlador. Mas, essa não é toda a imagem de Deus, ele também, ali é apresentado como redentor – como aquele que ouviu o clamor de seu povo e o libertou da escravidão. Abriu o mar para que o povo perseguido pudesse fugir por terra seca. Deu pão dos céus (maná) quando os hebreus estavam com fome e fez água brotar da rocha quando estavam com sede. E, apesar de tudo isso foi chamado de Senhor dos Exércitos cujo nome sempre foi impronunciável – ao povo hebreu (hoje o povo judeu) ainda é proibido pronunciar o nome de Deus. Neste contexto a doença é relacionada a um castigo vindo dos céus, uma forma de expurgar alguma culpa mesmo que não se saiba qual seja.

No Novo Testamento, em Jesus – Palavra encarnada e atuante – Deus foi além, mostra sua face ao ser humano. O Evangelista João escreve que “ninguém nunca viu Deus. Somente o Filho único, que é Deus e está ao lado do Pai, foi quem nos mostrou quem é Deus” (João 1. 18).

Em Jesus, Deus se faz gente . No Filho, o Pai mostra seu lado mais amoroso a quem não importa saber quem é pecador ou qual pecado foi cometido. Quando, por exemplo, os discípulos quiseram saber quem havia pecado para justificar a cegueira de nascença de um homem, Jesus responde: “Nem ele pecou, nem seus pais...” (João 9.3). Depois tratou de cuidar do cego, o acolheu, fazendo um emplastro com lodo feito da sua saliva e do pó da terra para em seguida convocar o doente: “Vai lavar o rosto no tanque de Siloé” (João 9.6,7). O cego foi ao tanque, lavou seu rosto, lavou seus olhos e voltou a ver.

A teoria do Deus castigador ou vingador cai por terra diante do sofrimento de inocentes. Diante de uma ala de oncologia infantil, por exemplo, vemos que “há dores que ultrapassam infinitamente toda forma de culpa”, como escreve a teóloga alemã Dorothee Sölle.

Mas também a idéia de um Deus amoroso não responde nossas perguntas, ao contrário, joga-nos mais dúvidas: Por que Deus me abandonou nesta minha dor?

É comum ver quem queira fazer de Deus um tapa-buracos quando outros métodos não dão conta de suas angústias. Há quem queira, enquadrá-la em suas crenças, tentando delimitar a Palavra de Deus entre as capas de sua Bíblia. Ali, sim, está a Palavra de Deus. Mas a Palavra transborda das palavras para dentro da vida, para dentro do mundo, para dentro de nós.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012




Médico encontrou tratamento para si mesmo nas flores

Eu sou do tipo de pessoa que não desiste tão facilmente, também acredito que Deus nos ensina a fazer bons dribles nessa vida. Não, não vou falar de futebol! Mas acredito que uma partida de futebol pode nos dar boas lições para a vida. Se, ficamos no banco de reservas, vamos olhar a partida sem pode colocar o pé na bola. Se, somos violentos nas jogadas podemos levar uma rasteira também. É claro, que levamos rasteiras (injustificadas) da vida e de pessoas que gostariam de nos ver no chão. Mas e aí? Vou ficar deitada no chão lamentando a queda ou levantar e seguir no jogo. O poeta britânico Oscar Wilde escreve, acertadamente que, quando estamos na sarjeta, “só alguns de nós olham para as estrelas". Outros olham só para a sarjeta. Porque "Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe", poetiza o escritor irlandês Oscar Wilde.

Sou uma catadora de histórias por onde ando, salas de espera de aeroporto, de rodoviária, ou de dentista... Numa dessas, encontrei o Almanaque de Cultura Popular (ano 14, de setembro 2012,n. 161). A história da revista que quero compartilhar com vocês é sobre alguém que não desistiu do jogo, driblou paus e pedras. Não esqueceu que a vida pode ter sua beleza.

“Médico encontrou tratamento para si mesmo nas flores”, este é o título do texto que quero compartilhar. Aproveitem!

“Dia quente em São Paulo. Na banca de flores número 1, o atendente filosofa enquanto monta o arranjo: “No calor, quem mais sofre é a criança, velho e flor”. Dalmar Gusmão Gil tem 48 anos, 17 deles trabalhando na traumatologia de um hospital, outros dois como vendedor de flores em frente ao cemitério do Araçá. Com experiência nas duas vocações, faz um balanço: “Cerca de 80% dos cuidados são iguais, com flor e com gente”. O carioca sempre gostou de comprar buquês para dar de presente (...). Conheceu sua esposa quando se formava em medicina na Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. O casal viveu junto por 30 anos, até que ela não resistiu a um tumor. A princípio, dobrar turnos no trabalho parecia uma boa solução para a solidão de Dalmar. Isso se não tivesse adquirido “uma espécie de paranóia” – ficou com a impressão de que absorveria as doenças dos pacientes. Foi aí que descobriu as flores.
Como o pessoal das bancas costumava dizer que ele era bom na conversa, arriscou inverter o papel de cliente para vendedor. Deu certo. Ele gosta de lidar com os compradores e preparar os arranjos. Dois anos depois, sente-se pronto para a traumatologia do Hospital do Mandaqui. Com uma convicção a mais: “Flores são a visão divina. É a maneira de Deus expressar sentimento pela gente.”

∽∽

Sempre há uma maneira de redescobrir a vida. Tenha dias abençoados e uma semana cheia de vontade de fazer bons dribles. Siga em frente! Há um Deus maravilhoso caminhando com você.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nenhum sofrimento vai durar para sempre

(texto de Vera Cristina Weissheimer)



Sofrimento é o que nos desorganiza, nos tira o chão. Tempestades que arrasam tudo. E, depois de tudo só nos resta juntar tijolo por tijolo, caco por caco e reconstruir. Como fizeram as mulheres dos escombros (Trümmerfrauen) na Alemanha após a Segunda Grande Guerra – separavam os tijolos dos escombros para reconstruir vidas, casas, cidades. Era comum encontrar nesses grupos, até mesmo, mulheres de 80 anos.

A reconstrução é possível, não sobre os escombros, negando a dor, varrendo o sofrimento embaixo de algum tapete. Ao contrário, é preciso aceitar a destruição, para poder, a partir dos escombros, encontrar matéria prima para uma reconstrução. Chega o momento em que é preciso olhar o que restou e ali vislumbrar a vida possível.

“A vida de cada um pode ser escrita pelas perdas que vai tendo ao longo dos tempos. Reconciliar-se com essa dura e traumática realidade é indispensável para viver mais ou menos bem”, escreve o psicanalista Abrão Slavutzky. Para ele, é preciso uma reconciliação com o passado, com sonhos e pesadelos, os amores desfeitos, resistir às loucuras humanas, pois só assim é possível abrir-se para o amanhã.

Slavutzki tem razão, as noites estão prenhes de boa novas que vem com o amanhecer. Mas ninguém sabe o dia que nascerá. Em nossos tempos de depressão, tristeza, doença, escuridão há um germe de onde poderá nascer um novo sentido, um novo dia, outros significados para a vida. Mas o germe poderá também ficar para sempre na possibilidade do que poderia ter sido. Quem, passa pelo sofrimento sem encontrar esse germe, sairá um tanto vazio de sua estada no deserto. Como se tivesse ficado para sempre na madrugada, antevendo o dia, sem conseguir sair da escuridão e nunca chegar ao amanhecer. Quem, no entanto,viver esse encontro sairá de seu deserto, de sua noite, tendo encontrado algo único, o seu oásis, o seu amanhecer.

Nenhum sofrimento vai durar para sempre. Eu sei! A alegria também não. Para Vinícius de Moraes o “sofrimento é o intervalo entre duas alegrias”. Assim é a vida.

 
Doutor, por que estou doente?


(texto de Vera Cristina Weissheimer)




- Doutor, por que estou doente?
- A válvula do seu coração tem um vazamento.
- É, mas por quê eu?
- Espere, vou chamar o vigário.

O médico Bert Keizer começa o seu livro, Dançando com a morte, com o diálogo acima. Há perguntas para as quais a medicina não tem resposta. Há perguntas para as quais ninguém tem resposta. Assim é a vida. O vigário também não terá as respostas, mas ele terá palavras de conforto. Porque, quando a ciência não tem mais o que dizer, a fé tem palavras que podem consolar, enguer e colocar a caminho novamente. O famoso físico Albert Einstein escreveu que “a ciência sem religião é paralítica, a religião sem a ciência é cega”.

Quando não sabemos mais nada, mas ainda somos capazes de crer, podemos ainda assim dizer: “vamos orar”, e colocar em oração nosso não saber, nossa falta, nossa fragilidade. Assumimos, assim, que sempre chega um momento em que precisamos recorrer a um Poder que é Superior e transcende nossas limitações e finitude. “Não desanimes ante uma batalha perdida. Resta-nos sempre a força da oração de onde nascem a esperança e um espírito de resoluta resistência”; aconselhava Martim Lutero.

Quando a ciência chega ao seu limite, permanece a fé. Uma frase escrita num muro de um cemitério, na zona leste da cidade de São Paulo, dizia: “Onde o ser humano põe um ponto final, Deus põe dois pontos”. Se imaginamos a morte como um dar de cara com um muro, como um fim em si mesmo, é muito triste. Contudo, se imaginamos e cremos que a morte é uma passagem para estarmos nas mãos amorosas de Deus, a morte passa a ser uma porta que abre, não para o nada, mas para um estar com o Criador. Quando a criatura retorna para o Criador. Quando filho, filha, e Pai se encontram num abraço eterno. É quando acordamos nos braços aconchegantes do Pai e Mãe de infinita bondade, que desde sempre nos esperavam. Coisas para as quais não tem comprovação científica, e aí somente podemos dizer como o personagem Chicó do filme Auto da Compadecida , de Ariano Suassuna. Chicó contava histórias e diante do estranhamento do ouvinte ia logo dizendo: “Não sei, só sei que foi assim”. Ninguém tem como afirmar como vai ser após a morte, mas podemos crer. A fé não é da ordem do que se discute. Já bem dizia Agostinho: “A vida da Fé não é um problema para ser resolvido mas um mistério para ser vivido".

Crer é ter evidências sem evidências. Jesus andou sobre as águas. Deus falou com Moisés através de um arbusto em chamas. Abriu no Mar Vermelho uma passagem para que o povo pudesse passar. Fez seu filho nascer de uma mulher. Não buscamos comprovação para isso, simplesmente cremos que são relatos de pessoas de uma fé tamanha que é capaz de transcender séculos e chegar até nós. E dizemos com o personagem Chicó: “só sei que foi assim”. Para Gottfried Brakemeier, os milagres exigem um outro tipo de olhar que “proíbe confundir tais testemunhos de fé com depoimentos objetivos e científicos. Cabe buscar o sentido profundo por trás das narrativas e saber distinguir entre linguagem histórica e religiosa”. Ver ou não ver um milagre é também uma perspectiva. Para o físico Albert Einstein “há duas formas para viver sua vida: uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre”.



Por que comigo?

(texto de Vera Cristina Weissheimer)

“Mês após mês só tenho tido desilusões, e as minhas noites têm sido cheias de aflição. Essas noites são compridas; eu me canso de me virar na cama até de madrugada e fico perguntando: ‘Será que já é hora de levantar?’ O meu corpo está coberto de bichos e de cascas de feridas; a minha pele racha, e dela escorre pus. Os meus dias passam mais depressa do que a lançadeira do tecelão e vão embora sem deixar esperança. Lembra, ó Deus, que a minha vida é apenas um sopro; os meus olhos nunca mais verão a felicidade. Por isso, não posso ficar calado. Estou aflito, tenho de falar, preciso me queixar, pois o meu coração está cheio de amargura. Eu prefiro ser estrangulado; é melhor morrer do que viver neste meu corpo. Detesto a vida; não quero mais viver. Deixa-me em paz, pois a minha vida não vale nada. Por que nos vigias todos os dias e a todo instante nos fazes passar por provas? Quando deixarás de olhar para mim, a fim de que eu tenha um momento de sossego?” (Jó 7.3-7, 11,15,16,18).

É o lamento de alguém machucado, derrubado pela vida. Poderia ser eu ou você, mas este é Jó. Viu seus filhos morrerem, perdeu suas propriedades, e sua saúde foi deteriorando. Além de todas as dores e perdas pesa sobre ele a suspeita dos amigos e da esposa: “Você deve ter feito algo de muito grave para que tudo isso esteja te acontecendo”. Este Jó desolado clama: “Estou cansado de viver. Vou me desabafar e falar da amargura que tenho no coração. Ó Deus, não me condenes!” (Jó 10.1-2a). “Por que os infelizes continuam vendo a luz?”; queixa-se Jó (3. 20). A desgraça é tanta que ele amaldiçoa o dia em que nasceu. Um homem arruinado, massacrado pela vida, que confessa sua fé, se revolta, chora sua dor e questiona Deus sobre seu triste destino. Jó toca em nossa fragilidade. Johannes Brahms chegou a compor uma peça só com as perguntas de Jó.

Queremos entender por que estamos passando pelo que estamos passando. Quando o sofrimento é demais há quem chegue a querer que tudo acabe de uma vez. Como Moisés, quando sentiu que o trabalho de liderar os hebreus era pesado demais, pediu: “se vais me tratar desse jeito, tem pena de mim e mata-me! Se gostas de mim, não deixes que eu continue sofrendo desse jeito!” (Números 11.15). Como o profeta Elias que, acuado – com as ameaças de morte da rainha Jezabel –, andou o dia inteiro pelo deserto até que “sentou-se na sombra de uma árvore e teve vontade de morrer. Então, orou assim: Já chega, ó Deus Eterno! Acaba agora com a minha vida!” (1 Reis 19.4). Até mesmo o poeta Carlos Drummond de Andrade desejou morrer. Quando soube da morte de sua filha Maria Julieta, pediu para a médica que lhe dá a notícia: “me receita, por favor, um enfarto fulminante.”

Uma paciente com leucemia, sentada de lado na cama faz um sinal com a mão dando pequenos tapinhas sobre o lençol. Quer que eu sente ao seu lado. Ela encosta sua cabeça nua em meu ombro. Já não tem os longos cachos ruivos de que tanto se orgulhava. Entrelaçamos as mãos para uma oração onde coubesse dor e esperança. De repente, ela interrompe a oração entre soluços: “Jesus espera um pouco mais. Não é hora de eu ir. Jesus espera! Jesus espera!” No dia seguinte, um sábado, recebo a ligação do hospital. O pedido de Lia não havia sido atendido.


Sofrimento é a dor de Jó, desolado, abandonado e doente. É também o medo de Elias e o estresse de Moisés. É o luto de Drummond e a vontade de Lia, de ficar um pouco mais.