(Vera Cristina Weissheimer)
Se a sua fé estiver pequena, minguando
com tantas provações, diga como o pai que leva seu filho doente a Jesus: “Eu
tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda!” (Marcos 9.24).
Para a maioria das pessoas a fé torna-se
uma grande aliada e força extra que as mantém lutando. Uma pesquisa
realizada em 2007 pelo Datafolha mostrou que apenas 1% da população brasileira
não acredita na existência de Deus, e 7,3% disseram que não tem religião, mas
acreditam em Deus. Da
mesma forma, outros estudos demonstram que a valorização das crenças dos
pacientes é de grande ajuda no tratamento e na aceitação do tratamento por
parte dos doentes. A medicina desenvolveu métodos para o estudo e a compreensão
dos sintomas e males do corpo – do latim: corpus,
parte essencial –; há igualmente a necessidade de conhecer e dar atenção a uma
parte igualmente essencial o espírito – do latim: spiritus, que significa literalmente respiração, sopro. Se o pai
da psicanálise, Sigmund Freud, chegou a considerar a religião como um remédio
ilusório contra o desamparo, hoje sabemos dos efeitos benéficos não só da fé
pessoal mas da fé dos familiares e amigos sobre da gente. Os mais
céticos ainda gostam de repetir a famosa
frase de Karl Marx: “A religião é o ópio do povo”; mas esquecem se eles de ler
o texto por inteiro. O texto inicia dizendo: “A religião é o suspiro de uma
alma angustiada, o coração de um mundo sem coração...” As angústias precisam
ter o seu lugar.
Numa pesquisa americana divulgada
pela Revista Época, 1 de novembro de
1999, um hospital americano concluiu que as orações ajudam na recuperação dos
enfermos. O Hospital Saint Luke, de Kansas City, convocou grupos evangélicos
para rezar por alguns de seus pacientes. Cerca de 990 pessoas internadas na
unidade cardiológica participaram da experiência. O grupo brindado pelas preces
teve 10% menos complicações em relação aos demais pacientes. O médico William
Harris admite que a sondagem é limitada, porque não é possível computar, por
exemplo a prece de amigos e parentes. A fé e a vivência de uma espiritualidade
saudável são provedores de equilíbrio e harmonia.
Temas como esperança, perdão e amor,
profundamente enraizados nas tradições religiosas, são também temas que influem
profundamente na saúde das pessoas. Há tempos as religiões já sabiam o que
pesquisas vêm demonstrando cientificamente: que as pessoas encontram força na
fé para superar suas dores, seus sofrimentos e até mesmo doenças graves e seus
temores diante da finitude da vida. Deus, assim como lembra o profeta Isaías,
não esquecerá de nenhum dos seus: “Mesmo que uma mãe esqueça do seu filho eu não esquecerei de ti”,
Isaías 49.15. E isso dá a cada um que tem fé um inestimável sentimento de
pertença. E isso faz bem.
Um comentário:
O sagrado é essencial para nosso caminhar no mundo. Parabens Vera!
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