segunda-feira, 12 de novembro de 2012




Médico encontrou tratamento para si mesmo nas flores

Eu sou do tipo de pessoa que não desiste tão facilmente, também acredito que Deus nos ensina a fazer bons dribles nessa vida. Não, não vou falar de futebol! Mas acredito que uma partida de futebol pode nos dar boas lições para a vida. Se, ficamos no banco de reservas, vamos olhar a partida sem pode colocar o pé na bola. Se, somos violentos nas jogadas podemos levar uma rasteira também. É claro, que levamos rasteiras (injustificadas) da vida e de pessoas que gostariam de nos ver no chão. Mas e aí? Vou ficar deitada no chão lamentando a queda ou levantar e seguir no jogo. O poeta britânico Oscar Wilde escreve, acertadamente que, quando estamos na sarjeta, “só alguns de nós olham para as estrelas". Outros olham só para a sarjeta. Porque "Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe", poetiza o escritor irlandês Oscar Wilde.

Sou uma catadora de histórias por onde ando, salas de espera de aeroporto, de rodoviária, ou de dentista... Numa dessas, encontrei o Almanaque de Cultura Popular (ano 14, de setembro 2012,n. 161). A história da revista que quero compartilhar com vocês é sobre alguém que não desistiu do jogo, driblou paus e pedras. Não esqueceu que a vida pode ter sua beleza.

“Médico encontrou tratamento para si mesmo nas flores”, este é o título do texto que quero compartilhar. Aproveitem!

“Dia quente em São Paulo. Na banca de flores número 1, o atendente filosofa enquanto monta o arranjo: “No calor, quem mais sofre é a criança, velho e flor”. Dalmar Gusmão Gil tem 48 anos, 17 deles trabalhando na traumatologia de um hospital, outros dois como vendedor de flores em frente ao cemitério do Araçá. Com experiência nas duas vocações, faz um balanço: “Cerca de 80% dos cuidados são iguais, com flor e com gente”. O carioca sempre gostou de comprar buquês para dar de presente (...). Conheceu sua esposa quando se formava em medicina na Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. O casal viveu junto por 30 anos, até que ela não resistiu a um tumor. A princípio, dobrar turnos no trabalho parecia uma boa solução para a solidão de Dalmar. Isso se não tivesse adquirido “uma espécie de paranóia” – ficou com a impressão de que absorveria as doenças dos pacientes. Foi aí que descobriu as flores.
Como o pessoal das bancas costumava dizer que ele era bom na conversa, arriscou inverter o papel de cliente para vendedor. Deu certo. Ele gosta de lidar com os compradores e preparar os arranjos. Dois anos depois, sente-se pronto para a traumatologia do Hospital do Mandaqui. Com uma convicção a mais: “Flores são a visão divina. É a maneira de Deus expressar sentimento pela gente.”

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Sempre há uma maneira de redescobrir a vida. Tenha dias abençoados e uma semana cheia de vontade de fazer bons dribles. Siga em frente! Há um Deus maravilhoso caminhando com você.