quinta-feira, 24 de junho de 2010

Na mesma hora em que aglomerados de torcedores e turistas assistiam pelos telões ao jogo em que a Alemanha perdia para a Sérvia, por entre os locais turísticos de Lisboa, o editor do polêmico José Saramago anunciava a imprensa, a morte do escritor, ontem às 10h, pelo horário de Brasília.


Ao ser entrevistado, o primeiro-ministro José Sócrates afirmou que a morte representa ‘uma enorme perda para a cultura portuguesa’, mas evitou comentar o caráter controvertido do escritor: ‘Não devemos tratar esse acontecimento do ponto de vista mesquinho. Deixemos isso para outra altura’.

Em 1991, quando Saramago lançou sua obra mais polêmica, ‘O Evangelho Segundo Jesus Cristo’, o governo considerou uma blasfema e a obra foi excluída de uma lista de romances portugueses candidatos a um prêmio literário, sob a alegação de que não representava o país.


O partido comunista português, ao qual Saramago era filiado, pediu em entrevista coletiva que o governo decrete luto pela morte do escritor que conquistou o único Nobel de Literatura pelo seu país em 1998.

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