"Alguém me tocou. Porque eu senti que de mim saiu poder." Lucas ( 8, 46)

Quem sou eu?
Quem sou eu? Dizem-me muitas vezes
Que saio da minha cela, sereno, risonho e seguro,
Como um nobre no seu palácio.
Quem sou eu? Dizem-me muitas vezes
Quando falo com os meus carcereiros livre,
Que saio da minha cela, sereno, risonho e seguro,
Como um nobre no seu palácio.
Quem sou eu? Dizem-me muitas vezes
Quando falo com os meus carcereiros livre,
amistosa e francamente,
Como se mandasse eu.
Quem sou eu? Dizem-me também
Que suporto os dias de infortúnio
Com impassibilidade, sorriso e orgulho,
Como alguém acostumado a vencer.
Sou realmente o que os outros dizem de mim?
Ou só sou o que eu mesmo sei de mim?
Intranquilo, ansioso e doente,
Como um pássaro enjaulado respirando com dificuldade a vida,
Como se me oprimissem a garganta,
Faminto de cores, de flores, de cantos de aves,
Sedento de boas palavras e de proximidade humana,
Tremendo de cólera diante da arbitrariedade,
Agitado pela espera de grandes coisas,
Impotente e temeroso pelos amigos na infinita distancia,
Cansado e vazio para orar, pensar e criar,
Esgotado e disposto a despedir-me de tudo?
Quem sou eu? Este ou aquele? Serei hoje este, amanhã outro?
Serei os dois de cada vez? Diante dos homens um hipócrita
E diante de mim mesmo um desprezível e queixoso débil?
Ou talvez o que ainda resta de mim se assemelha
A um exército derrotado que se retira em desordem
Sem a vitória que considerava segura?
Quem sou eu? As perguntas solitárias se riem de mim.
Seja quem for, Tu me conheces, sou teu oh Deus!
Como se mandasse eu.
Quem sou eu? Dizem-me também
Que suporto os dias de infortúnio
Com impassibilidade, sorriso e orgulho,
Como alguém acostumado a vencer.
Sou realmente o que os outros dizem de mim?
Ou só sou o que eu mesmo sei de mim?
Intranquilo, ansioso e doente,
Como um pássaro enjaulado respirando com dificuldade a vida,
Como se me oprimissem a garganta,
Faminto de cores, de flores, de cantos de aves,
Sedento de boas palavras e de proximidade humana,
Tremendo de cólera diante da arbitrariedade,
Agitado pela espera de grandes coisas,
Impotente e temeroso pelos amigos na infinita distancia,
Cansado e vazio para orar, pensar e criar,
Esgotado e disposto a despedir-me de tudo?
Quem sou eu? Este ou aquele? Serei hoje este, amanhã outro?
Serei os dois de cada vez? Diante dos homens um hipócrita
E diante de mim mesmo um desprezível e queixoso débil?
Ou talvez o que ainda resta de mim se assemelha
A um exército derrotado que se retira em desordem
Sem a vitória que considerava segura?
Quem sou eu? As perguntas solitárias se riem de mim.
Seja quem for, Tu me conheces, sou teu oh Deus!
(Dietrich
Bonhoeffer)
2 comentários:
Pastora Vera realmente é um prazer poder conhecê-la e aprender contigo....
Pastora Vera é um prazer poder conhecê-la e estar aprendendo mais contigo......
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