terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Fazer escolhas

Viver é, o tempo todo, fazer escolhas. Escolher seguir por ali ou por aqui, rumar para o oeste e não para qualquer outra direção que indiquem os pontos cardeais. É escolher abrir a porta e outras vezes fechar, é escolher chorar algumas vezes, mas também rir tantas outras, é rir da vida e de si mesmo. Viver é escolher e acolher as conseqüências dessas escolhas como frutos que nos pertencem. Não escolher já é fazer uma escolha, escreve Viktor Frankl. Quando portas forem se fechando diante de nós, à revelia de nossa vontade, temos ainda, em nossas mãos, o poder de escolher que atitude tomar diante do que nos aconteceu. Podemos ser as vítimas do acaso, das mãos alheias, do destino, ou podemos continuar sendo os escrivinhadores da própria história.


Se, nesses momentos em que portas se fecham, dermos uma pequena chance a nós mesmos e olharmos para os lados podemos ser surpreendidos com outras portas se abrindo. A porta que é fechada gera um vácuo que abre outras. Na pior das hipóteses, se não encontrar nenhuma porta aberta, haverá janelas. E, algumas vezes, são essas janelas, que se abrem tímidas, que nos convidam para dar uma espiada por entre as suas vidraças. E é justamente ali que podemos enxergar algum horizonte.
Escolher viver é tomar consciência de que é essa a vida que temos para viver e que ela é por demais curta para ser vivida de forma pequena. Como saber se estamos no caminho certo, se fizemos as escolhas certas? A vida nos trará essas respostas.
(Vera Cristina Weissheimer)

Um comentário:

angela disse...

adorei o texto, compartilhei com os devidos crédito. um abraço, angela