sexta-feira, 4 de junho de 2010

Saudades...

(texto de Vera Weissheimer)

Escrevo por ter saudades. Saudades que já não são feridas, são espaços que nada no mundo é capaz de preencher. Mesmo que algo ou alguém pudesse preencher eu não iria querer. Porque, quem deixou os espaços era especial de mais. Como disse o trapalhão Dedé, no primeiro programa após a morte de Zacarias, parceiro de trapalhadas:“Zacarias se foi e hoje, para substituí-lo chamamos “Ninguém”. Ele é insubstituível”. Quem poderia substituir quem amamos? Outras pessoas virão, mas elas ocuparão outros espaço.
Sentir saudades é ser alcançado pelo perfume de quem está longe por pouco tempo ou por uma eternidade. É ter saudades sempre no plural...

Nenhum comentário: